"Nos sonhos, as cores constituem a expressão das emoções e dos estados de alma pelos quais somos imbuídos momentaneamente ou por longos períodos. Genericamente falando, as cores nos
sonhos podem ter diferentes interpretações. Podemos estar na presença de cores tênues e opacas, as quais indicam uma situação de fraqueza, enquanto que cores fortes e brilhantes não muito escuras significam boa força interior. 

Este é Michael Clayton.

Dois autores conhecidos, Jeff Belanger e Kirsten Dalley, escreveram em “O livro dos íncubos” que a maioria das pessoas que sonha, pode sonhar tanto em cores quanto em branco e preto. Somente
uma pequena parte de tais sonhadores sonha em branco e preto. Muitos acreditam que as cores às quais estão expostos por um longo período têm o poder de ajudar e curar eventuais distúrbios.

A título de exemplo, a cor laranja, segundo o dicionário dos sonhos, propõe um forte empenho e valor para alcançar objetivos. A cor azul celeste é de serenidade e pureza, trata-se, pois, de uma cor positiva e repleta de solidariedade.

No caso da cor azul, ela provavelmente envolve mais pessoas excessivamente racionais e afastadas, embora com fortes inquietações interiores. Muitas vezes o seu signifi cado é interpretado como uma forma de melancolia, entretanto, no âmbito da criatividade é considerada um símbolo de forte segurança e estabilidade.

O amarelo é uma cor de sucesso, riqueza e de vitória, portanto, símbolo de otimismo, altruísmo e disponibilidade, mas, ao mesmo tempo, uma cor que espelha também o ciúme. Já o marrom representa forças primárias, símbolo de instintos mais fortes e terrenos. O cinza, por sua vez, é triste e é interpretado com poucas emoções e inspirações e muita monotonia.

Michael Clayton conseguiu, com habilidade artística e profundo sentido estético, interpretar em suas obras, tanto cores quanto sonhos e sentimentos de cada ser humano em suas
diversas variações."

Emanuel von Lauenstein Massarani

Crítico de arte e presidente do IPH